Onde está o botão que desliga as LEMBRANÇAS?

Perturbadoras lembranças... Não, percebi o tempo asfixiada pelo ciúme. Tomei café, engolindo junto as lágrimas. Mastiguei no pão as frustrações. Olhava a parede como se fosse uma tela de projeção e nela revi cenas, hoje tão surreais, desfocadas, impessoais. Assisti aos meus arroubos que tanto assustaram e, foram repelidos. Tilinto de frio. ( frio de alma dói). Mais um gole de café quente. Preciso esquentar a alma. Fecho os olhos, não quero ver! NÃO QUERO VER! Grito silente! Mas as imagens persistem, se sucedem parecendo zombar de mim. Delírios loucos? Envenenada pelo ciúme. Na tela mental o escárnio canta. Engulo a impotência. Quero sumir! Já que as lembranças estão aqui! Olhos molhados, boca seca, gosto amargo do veneno que cai na corrente sangüínea, correndo na direção do coração. Nó na garganta. Garras invisíveis. Turbilhão de pensamentos. Confusão. Caos. Desesperança. Mãos frias tremem. O calor do copo não passa para o corpo, não aquece a alma Enregelada. Onde está o botão que desliga as LEMBRANÇAS?