GRATIDÃO SER Grata Sou GRATA... GRATA ao Amor e a Vida Pois sem o amor, a Vida não pulsaria em mim... Gratidão, sinto por cada segundo meu... Na Alegria ou na dor, GRATA SOU! *** Socializo o "Poema Gratidão" de Amélia Rodrigues na voz de Divaldo Pereira Franco Poema da Gratidão - Divaldo Franco (ouça) POEMA DA GRATIDÃO - Divaldo Franco Muito obrigado Senhor! Muito obrigado pelo que me deste Muito obrigado pelo que me dás Obrigado pelo pão, pela vida, pelo ar, pela paz Muito obrigado pela beleza Que os meus olhos veem no altar da natureza Olhos que fitam o céu, a terra e o mar Que acompanham a ave ligeira Que corre fagueira pelo céu de anil E se detém na terra verde, Salpicada de flores em tonalidades mil Muito obrigado Senhor! Porque eu posso ver meu amor Mas diante da minha visão Eu detecto cegos guiando na escuridão Que tropeçam na multidão Que choram na solidão Por eles eu oro e a ti imploro comiseração Porque eu sei que depois desta lida, Na outra vida, eles também enxergarão! Muito obrigado Senhor! Pelos ouvidos meus Que me foram dados por Deus Ouvidos que ouvem o tamborilar Da chuva no telheiro A melodia do vento nos ramos do olmeiro As lágrimas que vertem os olhos do mundo inteiro! Ouvidos que ouvem a música do povo Que desce do morro na praça a cantar A melodia dos imortais, Que se houve uma vez e ninguém a esquece nunca mais! A voz melodiosa, canora, melancólica do boiadeiro E a dor que geme e que chora no coração do mundo inteiro! Pela minha alegria de ouvir, Pelos surdos, eu te quero pedir Porque eu sei Que depois desta dor, no teu reino de amor, voltarão a sentir! Obrigado pela minha voz Mas também pela sua voz Pela voz que canta Que ama, que ensina, que alfabetiza Que trauteia uma canção E que o Teu nome profere com sentida emoção! Diante da minha melodia Eu quero rogar pelos que sofrem de afazia Eles não cantam de noite, eles não falam de dia Oro por eles Porque eu sei, que depois desta prova, na vida nova Eles cantarão! Obrigado Senhor! Pelas minhas mãos Mas também pelas mãos que aram Que semeiam, que agasalham Mãos de ternura que libertam da amargura Mãos que apertam mãos De caridade, de solidariedade Mãos dos adeuses Que ficam feridas Que enxugam lágrimas e dores sofridas! Pelas mãos de sinfonias, de poesias, de cirurgias, de psicografias! Pelas mãos que atendem a velhice A dor O desamor! Pelas mãos que no seio embalam o corpo de um filho alheio sem receio! E pelos pés que me levam a andar, sem reclamar! Obrigado Senhor! Porque me posso movimentar Diante do meu corpo perfeito Eu te quero rogar Porque eu vejo na Terra Aleijados, amputados, decepados, Paralisados, que se não podem movimentar Eu oro por eles Porque eu sei, que depois desta expiação Na outra reencarnação Eles também bailarão! Obrigado por fim, pelo meu Lar É tão maravilhoso ter um lar! Não é importante se este Lar é uma mansão Se é uma favela, uma tapera, um ninho, Um grabato de dor, um bangalô, Uma casa do caminho, ou seja, lá o que for Que dentro dele, exista a figura Do amor de mãe, ou de pai De mulher ou de marido De filho ou de irmão A presença de um amigo A companhia de um cão Alguém que nos dê a mão! Mas se eu a ninguém tiver para me amar Nem um teto para me agasalhar Nem uma cama para me deitar Nem aí reclamarei Pelo contrário, eu te direi Obrigado Senhor! Porque eu nasci! Obrigado porque creio em ti Pelo teu amor, obrigado senhor! Poema de Gratidão - Amélia Rodrigues (Divaldo Pereira Franco) Fonte: Musixmatch *** *** *** Imagens-Acervo Pessoal Juli Lima
Enviado por Juli Lima em 24/06/2023
|