Antes do último suspiro...
Viver valeu a pena! Quero aos quatro cantos do mundo Poder dizer, fazer ecoar a minha voz de gratidão...
Viver E a cada dia Ser um outro eu...
Viver Minhas mudanças E as metamorfoses biológicas...
Viver valeu a pena...
Valsar Com o universo A música das músicas...
Onde cada nota, Tirada das cordas do tempo, Vibra em uníssono com o cosmo...
Notas Que criam Melodias celestiais...
Que sensibilizam Todos os sentidos e nos impulsionam Aos movimentos... pois tudo se movimenta e pulsa no universo...
A estrela Que ora me atrai o olhar Há muito não está no mesmo lugar...
Sua luz Se movimenta Na direção do infinito...
Ela Já se transformou E eu também vou me transformando...
Viver valeu a pena...
Tristes d’aqueles cujos dias são iguais Ao que o presente dia em nada se difere do dia anterior E, desta forma, são todos os dias:... sem nenhuma diferença
Quanto cansa o viver de quem jamais se renova? Quantos momentos se diz Desmotivado?
E, assim, pra algumas pessoas, todo o tempo é sempre o mesmo... Porém, se Deus criou as estações, não seria para nos ensinar que .. também deveríamos mudar... o ano inteiro?
Viver valeu a pena...
E cada lágrima e sorriso Das mudanças E rupturas...
Fizeram-me ser o que sou Um ser Inacabado e perfectível ...
E até hoje fico a querer entender o quanto muitos parecem gostar do tédio Vivem a mesmice, entediados, e reclamam da vida...
Se agarram à rotina... Como ponteiros ou outra engrenagem Sem se permitirem mudar o compasso, ou um passo sequer...
Viver valeu a pena...
Definitivamente, se é uma coisa qu’eu não aprovo em minha vida ... é a ideia do “mesmismo”, e que Deus me livre disso... Tudo é dinâmico no universo...
No dia em que eu preferir ser sempre a mesma, decerto qu’eu morri Não tem sentido ignorar o dinamismo transformador da vida...
É uma lei que comigo carrego: Não ser “conservadora” Até porque eu amo as mudanças, não tenho raiz E se as tivesse, seriam aéreas...
E, sobretudo, porque minh’alma é anárquica em su’essência, cultivo a liberdade de ser...
Os conservadores se amaldiçoam nos juramentos que a si mesmos fazem: De querer rejeitar o novo E, dado a isto, s’escravizam ao que é velho
No que enrijecem suas mentes a preceitos e dogmas externos A matar suas almas e suas vidas bem antes do derradeiro suspiro corporal
Mas, quanto a mim, não...
Quero viver... até a última batida de meu coração No que quero estar presente e consciente no momento de minha partida
E ter a felicidade de dizer naquel’hora o que poucos dizem:
Viver valeu a pena!
Felizes os que não abriram mão... da liberdade
Viver valeu a pena!
Digo mais uma vez Antes que o ar Me falte...
Viver valeu a pena!
...já posso me ausentar Deste corpo...
*** ***. *** imagens-acervo pessoal Revisão - Prof. Paulo Eduardo (Minha gratidão)
Juli Lima e H
Enviado por Juli Lima em 04/02/2023
Alterado em 10/02/2023 |