![]() [... há dois milhões de anos atrás...] (Dueto) Amor e saudade Alimento e sobrevivência Qual a relação que há entre elas? Alguns me diriam Amor e Alimento, o A inicial Saudade e Sobrevivência, o S inicial... Há lógica... Mas, que outras relações Poderemos verificar entre elas? E se pensássemos Que o Amor, alimenta... E a saudade, é a sobrevivência De um momento feliz... O Homem descobriu a palavras Para responder ao desafio De comer e sobreviver... Há dois milhões de anos Por necessidade O homem Falou... Ouviu o som Da voz... Uma linguagem Rudimentar e oral... Há dois milhões de anos atrás a primeira palavras foi dita... Precisavam Comer e sobreviver E a palavras os instrumentalizou... E, há dois milhões de anos Como eu expressaria A Saudade? Como eu Oralizaria O Amor? Há dois milhões de anos Que palavras eu Falaria? A curiosidade e o desejo de querer saber... tudo (e de tudo) Me instiga a pensar e a refletir... Como seria oralizar? Como seria Uma declaração de amor? Ou o expressar pela voz, a saudade? Nem sei se é somente para “matar minha curiosidade, Ou para de alguma forma, não usual Externar a minha Saudade... E, sem qu’eu percebesse, para mim se tornou um hábito Pensar, refletir, divagar, abstrair... Mergulhar na direção Dos sentidos... Há dois milhões de anos... Que palavras Eu usaria? Quando percebo qu’eu não sei de tudo, sinto-me tão “pobre” de linguagem! E, até um tantinho frustrada, visto que hoje tenho acesso A tantas palavras e não consigo Imaginar as possíveis Palavras... Que responderiam Ao meu desafio... [O amor e a saudade... Como expressar Há dois milhões de anos? Contudo, creio ter sido a Vida (ou os deuses do universo) a que me ... deram esta minha avidez de tudo querer saber Mesmo que as possíveis respostas Fiquem no mundo Das ideias... É verdade, min’alma é muito grande Ao qu’eu diria: maior que o próprio cosmos Sim, minh’alma é ilimitada E está sempre Me propondo Desafios... Abstratos ou Concretos, Me ensinam A ver além... [Literalmente “viajo no tempo-espaço”... Por hora, estou aqui e no instante seguinte posso não estar... O corpo, ora é um porto Ou um aeroporto, Ou mesmo Uma estação Espacial... Ora, expandindo a consciência Viajo Vou além Das fronteiras Visíveis e invisíveis De mim e do universo... E eu sempre persigo o horizonte... Não me contento como os limites... E como “revoltada” E inconformada sou... para tudo o que nega a vida! [Protesto... Validando E ressignificando a Vida Permito-me voejar pelas dimensões Dos ideais, dos sonhos e dos versos... [Há uma atemporalidade em mim... E, se o galo canta, como a querer me acordar E me fazer olhar o céu pela a janela a buscar por “algo”... A olho nu, Além da comunhão com a Natureza, o que busco? Deus? O que fazem os astrônomos ao pegar seus telescópios E os apontar para o infinito? Buscam por Deus? [Deus Amor Saudade... Palavras Que eu me imagino Usando há dois milhões de anos atrás... [Deus Amor Saudade... ...Palavras Vivas Pulsantes Cósmicas [Deus Amor Saudade... Palavras Que me enlevam Ditas me fazem vibrar [Deus Amor Saudade... Palavras Que ecoam E Pulsam em mim... [Deus Amor Saudade... Palavras tão diferentes Das palavras tagarelas Em ruidosas... [Caçadoras De “likes”... [Deus Amor Saudade... Ah, estou cansada de dar ouvidos Às palavras "mudas" E tudo que quero É ser delas... Surda... N’agora O que quero É ouvir [Deus Amor Saudade... Co’as palavras Usadas há dois milhões de anos atrás... Juli Lima e Cássio Palhares *** ![]() A aurora do Homem - 2001, uma odisseia no espaço (ouça) *** *** *** Imagens-Google Juli Lima e Cássio Palhares
Enviado por Juli Lima em 14/06/2022
Comentários
|