Pensentires em Prosas, Versos e Sonhares.

Voar junto e dar ASAS aos Sonhos, amplia possibilidades, de viver-se intensamente.

Textos





[O “nada” não sou...] (Dueto)


"Teletransporto-me"
Em pensamentos
Pela janela...

Através dela...
Minha mente intrépida
E meus sentidos
se expandem...

Audazes
se lançam na direção do infinito...
Por trilhas e caminhos iluminados pela imaginação...
Ora, com matizes rubros, ora alaranjados
Ora celeste... Ora cinza
Ora um breu...

Nuances
D’uma palheta
Multicor...

Molduras
Variadas e flexíveis...
Pois o céu não tem limite...
(Pra uma mente ávida do saber)

Meu olhar
Ora fixa-se no horizonte
Ora, fecha-se e adentra noutros espaços...

[De olhos fechados
Outra dimensão
Contemplo
Extasiada...
[Exploro o “invisível”...
Dimensão surreal e ao mesmo tempo
pra mim, tão real...
Dimensão...
“Perdida” no aparente vazio e,
paradoxalmente, transbordando...espaços-tempos...

Percorrem-me as entranhas
Sensações indescritíveis
A dedilharem minh’alma
Como se cordas fossem
de um afinado
Violino...

E, ela, minh’alma, vibra
Em sonora e mágica
Sinfonia...
[Uma sinfonia cósmica...
N’aquele “dia eterno” (ou seria “noit’eterna”?)
Longe e ao mesmo tempo perto...de tudo
Escuridão total... em que os olhos
Vestidos de cegueira...
Não vejo “nada”...
(Quando maravilhada
VEJO, o que ninguém
Vê, nem os olhos
Se abertos
Estivessem...)

O “nada”!
Alguém poderia definir...
o “nada”?
E poderia haver,
sei lá, o “nada”
não existindo
“o nada”,
o não-lugar?

E como se explica
A matéria escura
Abundante
No universo?

Não vemos
a matéria escura,
Ela não reage à luz,
Mas, interage,
Misteriosamente
Com a gravidade...
Ela, não nos solta
Pelo Cosmos...

Não ver algo
Não o faz
Nada
Ser...

A verdade e que nada mais [aqui]
tanto nos ameaça
que a ideia
do “nada”

[O vácuo...
Os buracos negros...
Como a se crer que o nada engole tudo
Sobretudo, a vida, e, então, o “nada” seria uma “realidade”?

Contudo, oh! qu’interessante:
D’olhos fechados (que nem precisava, já que não havia nada)
... vejo tudo... e ouço tudo... o qu’eu quero
Então, tudo o qu’eu percebo surgiu por qu’eu “queria”?

Não “controlo” os meus pensamentos...
E a mente, incessantemente
Está a criar... vidas...
formas... sons...
E, as relações
Entre ‘elas...

Imagem +som seria igual, portanto, à viva “imagination” (imaginação)?
Mas, embora ser “teoricamente” tudo
“imaginário” ... são tão reais!
Têm sentidos...

Definitivamente não tenho a minha cabeça “oca”
Já que por ela tudo surgiu, deveras
E assim, fora de mim nad’havia
(matéria escura)
E dentro [de minha cabeça]
a estar... tudo
[Meu universo em expansão...

No que “pari”
no meu “mental espaço”
tudo o qu’existe pra mim...
[Sou cocriadora...
E tudo é, por natureza, sem real identidade
(no que, como Adão, eu nomeei tudo o que via)

E aqui fico a pensar:
E antes de tudo, o que havia seria o escuro e temido “nada”?
Temido, por ser desconhecido... Um assustador
Devorador de vidas...

[Uma criação mitológica...

Confesso qu’estou confusa
Talvez o “nada’ seja o maior dos absurdos,
Assim me expresso, pelo comodismo,
É mais fácil, negar o que não se
Entende...

Não sou uma cientista...
E quando a gente
Não entende,
nega...

Mas, seria eu tão
Estúpida, negar
Por negar?

Negar,
Que há evidências
De que partículas
Podem flutuar
No vácuo...

Partículas
Primordiais
Que meus olhos
Jamais viram...
Mas que
Com instrumentos
Apropriados
Foram
Observados...
Por pesquisadores...

Negar?
Simplesmente
Por que ignoro o assunto?

Negar as contribuições
Da Física Quântica
É tão bestial...

E eu
não sou
Cega de fato!
(só um tantinho, às vezes)
O “nada”
não sou...







Juli Lima e Cássio Palhares






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Yanni - The Rain Must Fall (Ouça)











Partícula quântica

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Juli Lima e Cássio Palhares
Enviado por Juli Lima em 10/06/2022


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