![]() ![]() [COPAcabana, além da praia[...]] (Dueto) Copa, para os “íntimos” ... Meus olhos, silentes, passeiam... Meus pés, lentamente, pisam no calçadão, De calcitas brancas e basaltos negros De pedras importadas de Portugal Em seu desenho singular retratando as ondas desse “meu mar”... Imagem que ganhou o mundo em muitos cartões postais... e fotografias pessoais... COPA, para os íntimos (e apaixonados) Os detalhes em preto e branco sempre me encantaram... Quando menina, me equilibrava em suas “ondas” seguindo-as com os braços abertos Sentindo a brisa Nas faces... E um sorriso aberto... [Quantas lembranças.... Quantas mudanças... A começar pelo nome... Acredite, Copa, já se chamou Sacopenapã, Do tupi e significava, "o barulho e o bater de asas dos socós"... E já o nome Copacabana, inicia-se no século XVII.. E, há versões sobre a origem do nome Por simpatia, fico com o significado dos Incas... “lugar luminoso” “mirante azul” “praia azul”... Tudo aqui, Me cativa e seduz... Hoje, outono pincela o céu Com seus tons avermelhados... Caminho entre as ruas da nostálgica Copacabana Mais precisamente na Rua Barata Ribeiro, sem pressa... Observo que muitos andam apressados, na verdade, os d’aqui do Rio, quase todos, claro há exceções, ao contrário dos [tantos]turistas, a passearem... sem nenhuma pressa... Os cariocas a correrem a que aflitos estão... para chegarem no trabalho... Para defenderem o seu pão de cada dia... Correm pra lá, correm pra cá... Se sentem a brisa, Já nem olham Pro mar... [Indiferentes ou acostumados? Enquanto os de fora a seguirem a passos largos e calmos Encantados com o que veem... Parecem extasiados... Sorrisos iluminam As faces... E apesar de carioca [qu’eu sou], inconsciente fiz como os turistas N’uma hora em que me deparei com dois músicos e artistas de rua A exibirem seus trabalhos na conhecida Barata Ribeiro Era como se a música me conduzisse... Interessante que muitos acham que artistas de verdade só têm na televisão E, por assim pensarem, quantos não se atentem co’a visão E, portanto, não prestam atenção por onde passam e caminham... São indiferentes ou, talvez,” mortos-vivos” para os qu’estão ao seu lado Como que cegos ou surdos para tudo, sei lá!? Porém, não eu... Pela música me deixo Envolver... E, assim, diante d’aqueles anônimos artistas de rua eu parei Como que tomada por um feitiço pela sonoridade de sua música Eram simplesmente incríveis, e pareciam “irreais” No qu’executavam com perfeição a su’arte [E “dizia” para mim mesma: Às vezes pagamos tão caro para ir n’um show d’um artista! Enquanto, por vezes temos acesso a coisas tão belas Sem que [para ver ou ouvi-las) tenhamos que pagar... nada E como eu disse, me senti fascinada por aquela dupla No qu’eu os aplaudi juntamente co’os que os assistiam E ele, sorriam, felizes Por serem “vistos”... E, “ouvidos”... Muitos se sentem invisíveis... [Será a “síndrome” da “Cidade Grande”? (Nada Vejo, nada Ouço, nada Falo) Segui em frente, até a estação [de metrô] Siqueira Campos Desço a sua escada, a me deparar [agora] com um talentoso violinista E, como que a m’esquecer de tudo, mais uma vez fui tomada de atração ... pela melodia a que no espaço sonoro se fazia Mais um desconhecido artista, embora rico de talento e técnica... Mais um talento anônimo... Os artistas que a televisão não mostra A estarem ocultos na Mídia Mas que podem ser vistos [gratuitamente] nas áreas urbanas E igualmente existem outras modalidades artísticas Que muitos não conhecerão Escritores... poetas... pintores de telas... escultores (artesãos)... Anônimos Fazendo a diferença Para os que não são indiferentes... Contudo, para quem ama a su’arte, pouco [par’ele] importa ... se passa despercebido pelo “mundo invertido” Dos insensíveis Apressados... Somente a arte a cad’um deles... lhes basta Destes que amam a arte, mas que não querem dela usar para se tornarem famosos... Estes artistas genuínos e apaixonados pelo seu dom... Que sentem prazer em compartilhar E encantar... Vivem pela Arte! Emocionada, Penso: existe “arte” em COPAcabana, além da praia [...] Co’Alma em êxtase... Lentamente, Volto... ...para o calçadão... Juli Lima e Cássio Palhares *** ![]() Copacabana - Tom Jobim (ouça) Pôr do Sol Rio de Janeiro (Ouça) Copacabana - Barry Manilow (ouça) ![]() ![]() ![]() *** *** *** Imagens-Google Juli Lima e Cássio Palhares
Enviado por Juli Lima em 23/05/2022
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