[O Concreto e o Abstrato] O Hoje, me é CONCRETO O Amanhã, me é ABSTRATO... Mesmo contrariando a gramática... O Beijo teu, nos lábios meus, É o Concreto d’um Abstrato desejo... Mesmo indo d’encontro a nossa gramática... A Vida e o Amor, são abstratas asas... Que tornam concreto o voo de meu Viver... [ainda que contrarie a gramática] *** Dealema - Concreto Abstrato // Alvorada da Alma (Ouça) Deus, Deus, Deus, Deus Deus, Deus Deus, Deus Mentiu, mas tu sorris, tudo bate tão certo O céu está limpo: Eis o brilho Um grito de fé é a força e castigo Os olhos são as estrelas São eles os diamantes Só o meu peito sabe Aquilo em que eu toco Algo tinha que ser para sempre Não há dor nesse lugar Não há medo, nem perda E não tens de dar mais que aquilo que tens (Aaah) Concreto como nada mais sabe ser Concreto como nada mais sabe ser Águas límpidas das colinas douradas Rimas com fábulas, metalinguagem pra além do atlas Mágoas vividas, palavras megalíticas Eu continuo a encaixá-las em quebras rítmicas Parado na encruzilhada da vida Ilusões de grandezas, estradas de melancolia A Noite, o dia, a morte e a vida Enterrei os meus dois amores, eu não queria Coração louco, sem expressão no meu rosto Quando vieste ter comigo com esse olhar de desgosto Sentimentos reais, rimas escritas nas estrelas Reflexos da lagoa e vento que apregoa E memórias são imagens em nuvens Que se movem lentamente mas que passam Eventualmente Viver sem objetivo é como ver sem objetiva Guardei a minha, aprecio a vida numa outra perspectiva Fecho os olhos quando acordo, o mundo vira-me ao contrário Os trocos caem-me dos bolsos mas só acordo quando caio A realidade não usa rímel a verdade não é potável A simplicidade dum sorriso e um perfume é inquebrável Amizades não se vendem, as sombras nunca coram Os animais não mentem as estátuas nunca choram Nunca crianças são minas de cristais Ao virar da esquina crianças pisam minas e murais Mal, quem é que rega o mal? Fecha a torneira, a raíz cresce cada vez mais Estranhos beijam estranhos, sonhos acorrentados Amamos atormentados, desenhos inanimados Acordo ortográfico o meu é ortopédico Tropeço no que sinto quando quero escrever correcto Algo tinha de ser para sempre Do meu vaivém, vejo o que vai e vem O mal não desejo em mim, tudo vai bem Um eterno sonhador, na cidade que nunca dorme A beleza interior é superior ao uniforme Flores de várias cores, aromas e formatos Amores-perfeitos, rosas, violetas como Ornatos No jasmim dos poetas dançam borboletas Essas armas só são belas se forem canetas Essas estrelas so brilharão se não forem vedetas Há uma extração de uma lição nos erros que cometas Não metas obras em gavetas, não faças gazetas Dou mérito a várias facetas não ponho etiquetas Adoro que não prometas em letras de altruísmo Ampulhetas são grilhetas, escravidão capitalismo Se o céu e o limite já há muito perdi o meu Quando beijei Vénus no esternocleidomastoideo Viajo num zoom, do cosmos ao átomo Na cauda de um astro fotografo em macro Infinita espiral, teia que me envolve A sequência de Fibonacci que evolve O corpo é a arca da eterna aliança Onde guardo vivências desde criança Do passado ao futuro, sem passaporte Versado na arte da vida e da morte Todo o vazio deixa-me preenchido Num simples sorriso, luz irradio Pixel a pixel, martelo e cinzel Pincel no papel, tons de pastel Crio exercício do detalhe, é um vicio Oficio, de equinócio a solstício Deslizo no ritmo, suave veludo Menos é mais, simples é tudo (Aah) Concreto como nada mais sabe ser Concreto como nada mais sabe ser Adicionar à playlistTamanhoAACifraImprimirCorrigir Ouça Concreto Abstrato Frase Abstrato é o Viver, gravado na alma, ainda que concretamente, esteja rascunhado na pele. *** *** *** Imagens- Acervo Pessoal Juli Lima
Enviado por Juli Lima em 08/05/2022
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