[Não só “contemplar”...] (Dueto)

[Não só “contemplar”...] (Dueto)

Te contemplo
Paradoxalmente
Tendo os olhos fechados

Livres
Minhas mãos
E minh’imaginação

Te “olho”
(olhos cerrados)
Exploro teus “detalhes”

Sinto a pele
(tactilmente)
No tato, pele-pele...

Aguçados os meus sentidos
para gravar em mim
cada detalhe teu...

Amor tátil, dos sentidos que não s'enganam
E assim, contemplamos... com as mãos
E não somente... com a visão

E assim, quando estivemos
afastados ainda terei
cada um deles...

Sentindo-te
Intensamente
Por inteiro em mim

[Não só “contemplar”...

Sim, meu amor
Não amamos ... somente com a alma
Amor inteiro... alma e "soma"
Não amamos... "pela metade"
Por que impossível (nós o bem sabemos") amar... "separados"
O que a Vida uniu, não devemos separar

[Einstein disse: A IMAGINAÇÃO É MAIS IMPORTANTE QUE O CONHECIMENTO

Tens TODA razão....
Amamos em e com Almas
Porque são elas que amam...?

O corpo, apenas
refletirá o qu’elas
sentem...?

[E a imaginação
Dá uma ajudinha...

Se não nos amarmos
os corpos serão
apenas ecos
instintivos...?

Sentirão prazer
talvez sim,
mas
não
o gozo das almas
em êxtase?

[ Não só “contemplar”...

Alma e corpo!
Corpo e alma!
Alma... (no corpo)
Corpo... (que se move... pel'alma? não sei!)

Mas.... seria a alma... "mental"?
Não, não acho
O corpo, sim, é também "mental"
Mas... a alma... é "transcendental"

Amor! Quem "sente"... amor?
Seria o corpo (mental)... ou seria a alma (transcendental)?
E que amor é tal (que não se acaba)?
Quem "prova" a frustração d'um amor, que pena! somente "temporal"?
Sim! Quem prova este amor que nasce que morre no tempo?
Quem por ele chora:
Seria a alma (infinita a que é em su'essência)...
... ou seria mesmo corpo (que nasce... e que morre)

[Não só “contemplar”...

Amor que s'esgota... no tempo, ...!
Talvez não seja digno de se chamado... de amor

Amor eterno!
Quem o conhecerá:
A alma... ou o corpo?

Não! quer saber
Amor... é somente.... amor
De si mesmo a que se dá... para os que se amam
Sendo aqui também... neste "tempo"
E que, sendo amor de verdade, não morre no tempo

O corpo também prova de su'eternidade
[Não só “contemplar”...

“H” e Juli Lima