[Ah! O Amor e o Tempo!!!] (Dueto)

[Ah! O Amor e o Tempo!!!] (Dueto)

O Amor e o Tempo...
Duas grandezas
Que juntas
Fazem
H
I
S
T
Ó
R
I
A
S
...
Alguém
Em sã consciência
Poderia negar
A afinidade
Entr’eles?

Quem concebe
O Amor sem o Tempo?
Pois é, o tempo está sempre
Abraçando e envolvendo o Amor...
Uma simbiose...
Que quase se confunde...
Os amantes pensam no amor
E junto adjetivam, para que o
Tempo seja sempre elástico neles...
O Tempo brinca com os apaixonados...
Faz com que se percam no
Espaço tempo, quando
Juntos...
E tudo é eternidade...
E até o infinito
Entra na dança...

Ah, o Amor... e Tempo
qual é... o maior?
Qual o mais extenso?

Meu Deus, porventura estaria agora maluco em querer comparar ambos
O amor... e... o Tempo?

O universo dormia na escuridão d'um antigo tempo
... em que a lua então não s'havia
Ond'estavam as melodias e os poemas a que teciam palavras...
... sobre o Amor... e o Tempo?

Sim! N'um tempo escuro e frio em que somente o silêncio existia!?

Ai! Trago aqui nest'hora uma cabeça confusa nest'hora de minha vigília
Ao que agora estou a olhar para o céu
(Como que a querer ver uma parede a que prende!)
Absurda a ideia de se enquadrar o tempo?
Já demos a ele tantos modelos de
Relógios...
E, cá estou a indagar-me (embora sem saber porquê)...
... qual d'entre ambos - o Amor e o Tempo - é maior
Alguém neste momento se arriscaria em me dizer?
E se apelar para a lógica?
Numa abstração e projeção ousada...
Direis
Que ambos se equivalem?

Ousareis dizer...
que ambos
tem a eternidade
e a infinitude
em si?

E como entender essa relação
do Amor/Tempo
na Alma?

Habitaria n’alma ou não também participaria no corpo?
A imaginação... pode alinhavar os conceitos, pensares
e fórmulas e nos afirmar que é real?
Dos que tanto querem agarrar o tempo com suas mãos
Ou melhor, dos que desejam muito mais:
De sentir em todo o tempo... o “amor” de quem amam
E, portanto, quando não estamos “literalmente” presentes...
... eis que nos tocamos
No que a “imaginação” faz de nós presentes
Ou, quem sabe, a´te... “presenciais” um par o outro

Não, não se trata dum’alucinação
É nítido no qu’em nós se faz
[Amor/Tempo
Ah! Quem pode domar a força do amor?
Desta a descer até nossos centros nervosos
E passear em nossas glândulas e em nossas vísceras
No que a alma opera na fabricação dos hormônios
A tornar o amor também... “visceral”
[que dá concretude ao Amor/Tempo

Ah! Benditas sejam todas almas que s’entregam...
[sem medo à imaginação
Instintos e razão lado a lado
Criações abstratas e físicas
Surreais e ao mesmo tempo... reais

Ah! A nossa...”imaginação”!!!
Ah! O Amor e o Tempo!!!

“H” e Juli Lima