[... em mim o paraíso!] (Dueto)

[... em mim o paraíso!] (Dueto)

Que desejas, pois, agora... meu amor?
Oh! Não te negues o teu pensamento
no que é também sua vida

[Não, não faças isto!

Toca-me com teus olhos
Co'a singeleza que se toca uma flor
E exalarei pra ti a mais inebriante fragrância
Ardente de febre da paixão que nossas almas se acham
Sentimos os mesmos desejos... juntos

Sim, tu estás em meu corpo...
...pelo que sinto-me tremer por dentro
(e não somente em minh'alma)

Toca-me com a tua língua
Com a sutileza da borboleta na flor
E terás para degustar o manjar dos deuses
Tocarei, sim, com os meus olhos também
E com o suspirar de meu alento... querente

Amo-te com a avidez de um vulcão incontrolável
No que anseio o teu peito a fazer-me de travesseiro
No qu'escutarei o vibrar de teu coração pulsante e vivo

Toca-me com a Alma
Toca-me por inteira

E, terás em mim o paraíso!

Oh! o qu'esperamos meu amor?
Eu estava nas tuas visões...
Tu me disseste...

Sim, eu te via.... (por antecipação no que você viria)
Embora no que antes tudo era sombra do qu'eu não sabia
Uma vida distraída, talvez...

Sabe,
Eu sempre te esperei...
E quanto sofria com a pressa
Do que não sabia se era desejo ou na verdade... "lembrança"
Sim, meu amor
Sendo lembrança, faz-se dizer qu'então nos conhecíamos

Imagens confusas... e persistentes
Como que raios disparados no céu
A que se veem.... e rapidamente se vão

Ah! E quem disse que minh'alma por ti não chamava?
Oh, sim! Nas horas agitadas dos dias
Bem como nas caladas horas das noites e das madrugadas

O horizonte a que se via da praia
O que após sua imagem s'haveria?
Estaria, quem sabe, ali o meu amor?

Ah! quisera eu ter a paciência dos monges
Para então saber... esperar... por quem eu amo

A visão de AMOR
se expandiu de
uma tal
forma
que não
posso
negar,
ser grata à Vida!

Tu... chegaste...
E, terás em mim o paraíso!

“H” e Juli Lima