[Ouça-me!!!] (Dueto)

[Ouça-me!!!] (Dueto)

Dá a mim
A tua audição
Virgem e transparente
Dá a minha voz
O direito de ser íntima
E te sussurrar o apelo de minh’alma
Dá-me, pois, o teu amor
Nest’hora em que a fria brisa da estação toca minha pele
Eriçando-me até a imaginação
Dá-me, por favor, o teu amor, eu lhe peço
[Amor, que tanto anseio e que um tempo
Vivia na dimensão dos sonhares...
Dá-me a tua asa!
Pois, que sou qual um’ave à procura d’’uma outr’asa (que me falta)
Dá-me, então... o teu amor... e sei que terei de volta
o prazer de voar co’a minh’asa e a tua...
E voaremos dentro do infinito espaço em nós,
Juntos adentraremos no espaço-tempo
Da desejada felicidade...
Sim, e eu sei que é o que tu queres
Nossas almas a que impacientes são no que nos desejamos...
(pelo tanto que já nos buscamos...!)
Mas... não nos esgotaremos no tempo como outrora...
Do tempo que desperdiçamos momentos,
e que a vida, tirou-nos o que deu

E por que não nos cansamos (e jamais nos cansaremos)?
Porque o qu’existe em nós não foi o tempo que nos deu
O que há em nós é dádiva do Eterno

Amor, teríamos medo do amanhã?
Pergunto-lhe, pois, agora...
Ai! Quantos se atormentam com o desconhecido tempo,
Como tanto nós o fizemos...
E desperdiçam o dia de hoje por viverem em seus imaginários tempos
E não sabem que o amor tem o seu melhor tempo... “agora”
Sim, os que se amam... confiam (e jamais perdem... tempo...
... em querer viver... n’um outro tempo)

Oh! Sol do amor a que nada sabe o que seja “ocaso”
A brilhar sobre nós de sua luz em qualquer hora
Ou, quem sabe, a ser até mais à noite...
... n’aquelas horas em que nos entregamos... mais apaixonadamente
Nas horas de nossas travessuras... (de nossos gozos “atrevidos”)
Às vezes delicadas... outras vezes... com maiores pegadas
Mas sempre nos amando... carinhosamente
Dá-me, então... o teu amor...
Faça-me, pois,
Eternamente
Feliz!
Amor, dá-me
o teu amor!
Ouça-me!!!

“H” e Juli Lima