[...ânsia] (Dueto)

[...ânsia] (Dueto)

Oh! Que ânsia é essa que d'alguma "coisa" sei o quê saber queremos?
Que fome é essa qu'em tal grau nos assedia?

Ah, como quisera ter todas as respostas que os pensadores
mais ilustres não tiveram, e assim saciar a ti
E também calar essa aflição que
Dá ao meu coração
Sobressaltos...

O que queremos estaria n'algum "lugar"?
A Verdade moraria em algum distante país?

O que queremos, esses desejares ardentes, que nas insônias nos desafiam não estão dentro da gente?

Meus pensamentos...
Ah! Meus... impetuosos...pensamentos

Oh, que dirás então dos meus insanos e marolentos
Pensares que tantas vezes me assombram
Como agourentos corvos
De contos fantásticos...

O que dirá dos meus desejantes e querentes pensamentos que deixa até a imaginação tímida?

[Que dirá do afã que me seca os lábios?

São sempre intensos
A habitar em cada célula de nossos corpos
(no que autênticos são entre nós)

[perturbador e ao mesmo tempo prazeroso, paradoxal!

Penso-me, oh, sim...
num [útero]
de energias criativas
como dizes

De certo que está, basta observar a fluidez
E fertilidade de teus pensares... E que tanto prazer
Me dá...

E agradeço a Deus... pelos nossos... pensamentos
Do qu'eles são nossas luminosas vozes
Para nós
E para tantos que iluminados são...por eles

Agradeçamos, pois, sempre, nós dois...
Pois foram nosso pensares e pensamentos
A ponte que nos uniu...

Iria par'onde você estiver
Mergulharia sem medo de mãos dadas com você
para irmos para o além do universo.

Nesta hora, não sinto a aflição que até então
Me devorava a razão, nesta hora de comunhão
As ansietudes estão em mim caladas...

A eternidade nos espera? Não apenas ela,
Há tanto ainda em nós em compasso de espera...

Peçamos então paciência
Te amoooo

Sim, Amor, tenhamos paciência com as nossas ânsias
E com a gente também. Somos humanos...
Eu Te Amo, Meu Amor!

Fausto de Deus e Juli Lima
[04/12/20]