Crianças precisam de paradigmas. Ao pararmos para refletir, lembramos da iconoclastia. Quando menino, Jesus surpreendeu os doutores. Posteriormente, a imortalidade foi certamente uma de suas melhores aulas práticas. Hoje é nosso guia e modelo. Recordemos Franz Liszt não tão distante de nossa realidade. Giovanni Scognamillo resgata do artista idéias espiritualistas, no Anuário Histórico Espírita, 2006, Edição CCDPE & EME. SP. Liszt foi capaz de tornar-se mais luminoso a cada prova que passava. Engrandecido pela dor bem suportada, descobre a música sacra e compõe a “Gôndola Fúnebre”. Após a experiência dolorosa da morte de seu filho, imprime novo rumo no conceito de interpretar a vida. Isso é fácil de perceber no poema sinfônico “Os Mortos”, feito em memória de Daniel. Após produzir mais de 1.500 peças musicais sente vontade de relatar, em música, a epopéia de Jesus Nazareno. Havia prometido a amigos que não sairia deste mundo sem antes render homenagem ao Mestre, que para ele representou o protótipo da sublime perfeição. Surge, então, o poema sinfônico “Cristo”. Liszt não se deixava envaidecer e após receber homenagem em honrosa reunião se depara com o filho Daniel semimaterializado. O espírito faz leve aceno de mão e mostra discreto sorriso, emoldurado pela alegre fisionomia. Não temos dúvidas quanto à necessidade deste conteúdo de ensino. Muitos desconfiam da educação que apenas tende a fazer homens instruídos, descrentes e corruptíveis. Com pesar deixamos Liszt e retornamos à atual realidade, numa sexta-feira, 13 de julho de 2007, enquanto uma nuvem escura paira sobre o Senado em Brasília. O dias são difíceis, teremos que esperar outra eleição e não mais votar nessa classe de espíritos. Agora, jejum e oração. Como avaliar a corrupção? Difícil responder, avaliar nem sempre é fácil. Segundo um diretor do Banco Mundial (BIRD), o índice de controle de corrupção “mede a extensão em que o poder público é usado para ganhos particulares.” Entre nós, temos bons exemplos. O índice de controle inclui “pequenas e grandes formas de corrupção”, assim como “o seqüestro do Estado pelos interesses privados.” Pelo recente estudo do BIRD, o controle da corrupção no Brasil atingiu o seu pior patamar em dez anos. Outras doenças também aumentaram seus números. Uma delas é avaliada pela qualidade de serviços públicos; a independência do governo e implementação de políticas. Uma segunda é avaliada pelos sinais e sintomas de inabilidade de implementar leis que estimulam o setor privado. Onde o Brasil apresenta a febre alta é na “Força da Lei”, avaliada em termos da confiabilidade da polícia e do judiciário. Juca de Oliveira não escondeu sua decepção, no Jornal do Brasil (JB), 10 de julho de 2007. Ele diz que a política brasileira é um terreno fértil para o escritor. Hoje coloca no palco Bibi Ferreira em uma história que trata da corrupção. Confessa que o texto foi inspirado num caso, nos anos 90, de uma ex-ministra com um ex-deputado. A política é a arte de criar o bem de todos, mas a grande maioria não é apaixonada pelo tema. Após a próxima eleição, seremos responsáveis pelos resultados do novo governo? “O custo de vida depende das decisões políticas e é desta ignorância que nasce o pior de todos os bandidos, o político vigarista e corrupto.” Façamos a opção política pela educação que tende a fazer homens de bem, tendo em mente que o período infantil é o mais propício. Na educação para a ética, da criança ao universitário, o teatro é boa estratégia. Juca de Oliveira oferece contribuição para a ética na política, mas é Renato Prieto quem investe no despertar das consciências para a imortalidade. No planeta regenerado haverá predomínio de espíritos propensos à ética. Estaremos mais evoluídos e de posse das evidências científicas da imortalidade da alma; da existência do mundo espiritual; da transparência. Certamente será mais fácil escolher os candidatos. Agora precisamos agir para não nos acostumarmos com a corrupção. Nossa população infanto-juvenil não pode acabar aceitando tudo como se fosse normal. Isso já aconteceu com o álcool e o cigarro de tabaco. Por causa do cigarro Chico Anísio sente-se afogar num mar de oxigênio. Liszt ao término de uma apresentação recebe as palmas mas também a notícia da morte da filha, no parto complicado. Humilde o artista declara: “não busquemos cicatrizar as feridas da alma, nem curar-lhe as dores. A dor, bem aceita, é que nos resgata. Cada um tem um tributo a pagar, e quando se recusa a isso, ele lhe é imposto.” Esta maneira de interpretar as tormentas da vida é uma clara adesão à Lei de Causa e Efeito. Em seguida, compõe o poema sinfônico “Do berço ao túmulo”, em memória da filha. Como fica a alma depois da morte do corpo? Aqui o professor é Kardec. Um dos livros é “O Céu e o Inferno”. Para ter uma idéia do seu conteúdo, assista a aula com Renato Prieto - “Quem é morto sempre aparece”. Você vai rir e se emocionar, mesmo não sendo médium vidente http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/col49.5.htm
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