"Mãe-Poema-Mãe" Página Poema-Mãe... Saudade incomensurável... Que só ao amor pode igualar! Mãe-Poema, Familia-Lar... Um sentir que nos consome... No entanto, nem tem nome! Palavra, sem tradução. Saudade... Nas entrelinhas... Esperança e Imortalidade! Luiz Carlos D Formiga DOR SEM NOME http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/cartas.htm Amigos, acabo de receber o relato de mãe L. com "Dor Sem Nome", abaixo. Preciso compartilhar, dividir, desabafar... Orem por L. Contei-lhe minha história e enviei-lhe o pequeno artigo (link abaixo) onde comento minha dor e a dor de minha própria mãe. Não é fácil. Bendito Chico. Pequeno artigo: Aborto e Suicídio (http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/col49.20.htm). Luiz Carlos Formiga, Rio de Janeiro... Senhor Formiga... estou vivendo essa dor sem nome... PERDI MEU FILHO. Ta doendo demais... Sei que tenho a felicidade e o privilégio de ter sido escolhida pra ser a mãe do B! Nossa... Foi uma imensa e curta alegria que lindamente marcou meus dias e vai perpetuar assim para sempre com pensamentos de grande saudade que nesse momento me deixa sem ar pra respirar pela dor que está me sufocando. Difícil tarefa esta imposta pela vida, que me rasga o coração que um dia era só felicidade ao gerar o B... O momento do nascimento... A imensa alegria de tê-lo nos braços pela primeira vez... A amamentação: sabendo que ele sugava de mim o sustento que o alimentava e que com tanto amor dei a ele... Era um momento mágico essa hora... Os primeiros passinhos... Enfim, tudo que marca a vivência de uma mãe amorosa que foi feliz desde o primeiro instante quando eu soube que ia ser mãe... Hoje dor... De não ter mais ele aqui fisicamente, e sabendo que ele conquistou tanta gente e que em mim deixou o registro do maravilhoso filho que sempre foi e É. Precisou ir pra junto de Deus... É uma estrelinha a mais a brilhar no céu. To tentando pensar assim, mas confesso que ainda não consigo e que chorar é só tentando desabafar... Machuca demais saber que ele não está mais aqui com a gente... O que eu tento pensar é que suas dores físicas acabaram... Que ele não sofre mais de tudo o que consumia. Tenho a certeza que me desdobrei pra tentar te aliviar o sofrimento dele. Como achar conformação? Se eu sempre estive aqui disposta a cuidar dele, de estar ao lado dele buscando solução. Estava repleta de esperanças de que a cirurgia o traria uma nova vida com qualidade, sem dor. E não aconteceu assim e ele se foi. "Filho, onde quer que você esteja, não esquece nunca, pois jamais eu vou esquecer que eu sou FELIZ por ter você como meu filho tão amado. Você é meu filho sempre onde quer que você esteja. Fez a viagem cedo demais. Uma vez me explicaram o que é FÉ. Fé é F = Força e E = Esperança. É essa FÉ que me move, a de buscar força na esperança de um dia poder te reencontrar. Você é um filho abençoado... peço a Deus na sua infinita bondade te abençoe e que seus anjos cuidem de você. Amo-te muito meu filho... Meu amor eterno!"...estou me arrastando... não tá fácil... o tempo passa e parece que piora. Não passa, não há analgésico. Não tenho mais aquela alegria... A L de antes, não existe mais. Sempre tive e fui de objetivos focados... agora não os tenho mais. É impossível ser a mesma pessoa depois de um fato como esse. L. AS CARTAS PSICOGRAFADAS POR CHICO XAVIER - Amigos (as), enquanto passamos por momentos difíceis, próprios de um planeta no início da regeneração, podemos e devemos "correr por fora" procurando levar nossa pequena, mas possível contribuição. Uma delas é a divulgação dos valores ético-morais que são tão difíceis de internalizar. Digo isso porque o homem velho que ainda vive em mim resiste em se modificar. Acredito que possam sentir a mesma dificuldade. No entanto, as oportunidades de divulgação se multiplicam e venho recomendar assistir à entrevista com a diretora (www.crisisprodutivas.com/ascartaspsicografadasporchicoxavier) do filme "As Cartas Psicografadas por Chico Xavier". Ela esclarece que fez melhor leitura, destas dores sem nome, porque durante as filmagens tornou-se mãe. Não sei se posso solicitar, mas sugiro participar de ampla, geral e irrestrita divulgação destes valores "espíritas". Fraternalmente, Luiz Carlos Formiga, Rio de Janeiro. http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/F_autores/FORMIGA_Luiz_tit_Dano_e_dor_sem_nome.htm DANO E DOR SEM NOME Quem perde a mãe é órfão, quem perde o marido é viúva, mas quem perde um filho? No avião, aquele senhor mais parecendo um artista com seus cabelos brancos, perguntou-me sobre a minha atividade profissional. Informei que era professor na faculdade de medicina e atendia a um convite feito pelo Ministério da Saúde. Disse-me, então, que era Juiz de Direito, mas que a minha responsabilidade era maior. Explicou-me que o juiz pode errar e prejudicar uma pessoa, mas o professor, se for negligente, poderá causar dano em muitas mentes. Calou-me fundo o comentário e hoje dele me recordo, diante da menina e da administração venosa de vaselina líquida, no lugar da solução salina isotônica. Quem fora seu professor? Todo ser humano deve se beneficiar dos padrões éticos de maior nível nas ciências biomédicas. Que prova-provação difícil para a mãe ver a filha agonizando e pedindo para que não a deixasse morrer! Para o Conselho de Enfermagem a semelhança entre os frascos de vaselina líquida, que foi colocada no lugar do soro não justifica erro. “Não é possível confundir quando isso está sendo feito por um profissional devidamente capacitado, qualificado e preparado para aquele procedimento”, disse o membro do Conselho. Tenho conversado, por e-mail, com uma pessoa que perdeu o filho. Uma carta está no Jornal dos Espíritos (1) A mãe lamenta que o Chico Xavier não esteja mais junto de nós psicografando para aliviar as dores extenuantes, difíceis até de nomear. Será que podemos pensar a fatalidade venosa utilizando três palavras: imprudência, negligência e imperícia? Vamos ao dicionário: “Imprudência, em termos jurídicos é a inobservância das precauções necessárias. É uma das causas de imputação de culpa previstas na lei. Negligênciaé falta de atenção, inobservância e descuido no agir. Já a imperíciaé falta de habilidade ou experiência reputada necessária para a realização de certas atividades e cuja ausência, por parte do agente, o faz responsável pelos danos ou ilícitos penais advenientes.” No avião, o que teria dito aquele Juiz de Direito? O comentário daquele profissional me fez transitar entre a responsabilidade social do cientista e a do docente na universidade. Tentando me antecipar (2) escrevi artigo dirigido aos “da saúde”. “O fornecedor de serviços responde, independente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços.” O hospital, ao fornecer serviços de saúde médico-hospitalares, está sujeito às normas do Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei 8078/90). A relação jurídica estabelecida com os seus pacientes é contratual, legítima relação de consumo, com as conseqüências legais decorrentes. As atividades complementares, ao atendimento do paciente, também ficam protegidas pelo manto deste contrato. Entre elas está o serviço de enfermagem. Vamos recordar que a obrigação incluída neste contrato do hospital é de meios e não de resultados. No entanto, a assistência médica deve ser a mais adequada possível, devendo dispor de pessoal competente, nos procedimentos oferecidos aos seus pacientes nos atendimentos, uma vez que no contrato está implícita a cláusula de incolumidade, que tem característica de uma obrigação de resultados. Neste artigo (2), as palavras-chave foram erro biomédico, Microbiologia Médica, Bioética e Biodireito. Poderia agora acrescentar a prudência, a diligência e a perícia, sempre estimuladas na educação continuada. Melhores serão os resultados, da equipe de saúde, se estivermos diante de profissionais apresentando mestria, qualidade de perito e profundo respeito pela pessoa. Pessoa é o indivíduo na sua dimensão ética, o valor fonte de todos os valores.“A educação da alma é a alma da educação”, psicografou o médium Chico Xavier. Nos fundamentos do Estado Democrático de Direito (CRFB/88, Artigo 1º) vamos encontrar a “dignidade da pessoa humana”. Ao titular desse direito e razão de ser da própria existência, acresce-se o direito à vida, sem o qual a pessoa humana seria inconcebível. O “Rei” cantou: “A vida é amiga da arte”. “Eu vi muitos cabelos brancos na face do artista.” Abençoadas as cartas do artista da mediunidade(3), aquele que festejamos seu centenário. Com elas, aquelas mães, potencialmente suicidas, puderam perceber que a morte do corpo não mata a vida. Seu filho é imortal! Mãe, aceita a prova, mas não precisa passar com dez. Estamos juntos! (1) http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/cartas.htm (2) http://jus.uol.com.br/revista/texto/17015/um-centro-de-referencia-na-uerj-prevenindo-demandas-judiciais (3) http://www.crisisprodutivas.com/ascartaspsicografadasporchicoxavier/ VEJA O FILME, SOBRE AS CARTAS DO CHICO Luiz Carlos D. Formiga
Enviado por Juli Lima em 01/02/2013
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